domingo, 2 de outubro de 2011

Lógica da avó!

A sic tem feito um alarido à volta do último episódio da novela "Laços de Sangue":

- Vó!! último episódio hem?? finalmente!! este até eu vejo contigo
Responde a avó com um certo desânimo:
- Ah! esse se calhar não vale a pena ver?
- Então porquê? ( eu, feita parva, porque às vezes acho mesmo que a velhota goza comigo)
- Porque é o último e há sempre muita confusão!

....

sábado, 24 de setembro de 2011

ELOGIO AO AMOR - Miguel Esteves Cardoso in Expresso

Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de
verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem
uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se
chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama.
Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à
mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os
amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor
transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser
desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se
uma questão
prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade,
ficam
"praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor
doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de
compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão
embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um
gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de
telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem",
tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do
romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem
fim, a
tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um
cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é
uma coisa, a vida é outra.
O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o
intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da
tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer
que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada,
abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e
da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é
para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes.
Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é
para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um
bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor
puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor
puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O
amor não se percebe. Não dá para
perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a
nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha,
não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é
necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o
que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor
é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o
coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito
desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das
mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é
ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.Não é para
perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e
não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas
mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor
pode durar a vida inteira. E valê-la também.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

HÁ 20 ANOS...

E há 20 anos eu...
  • Estava algures no secundário
  • Sofria os danos de estilo ainda deixados pelos anos 80 ( nunca me esquecerei dos enormes óculos de massa!)
  • Conhecia o meu grupo de amigas! ( penso que o tempo, esse carrasco, tem sido gentil connosco!Há, sem dúvida um upgrade)
  • Ouvia Beatles, Bee Gee, Queen ( o que chorei quando morreu Freddie Mercury e a rapidez com que decorei o "Bohemian Rapsody" com a Pat.)
  • Jogava às escondidas no corredor da Herculano
  • Gozava com as meninas do curso profissional de secretariado ( hoje seria Bullying! mas caraças!! eram terrivelmente limitadas!)
e há 20 anos surgiu isto:


Na altura estranhei, depois entranhei!
e 20 anos se passaram... assim!

Pode ser que sim!

Este Blog está a tentar sair do seu coma!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Eu ... e o inóspito mundo da mecânica

A minha zona de nulidade é... mecânica!
O meu pai é mecânico, e excelente por sinal! é um excelente professor, mas a única pessoa a quem não consegue ensinar nada sobre carros, SOU EU!
A minha irmã encantou-se por mecânica com ele e já trabalha com ele! Eu... já ouvi sem exagero umas trinta vezes a explicação sobre o que é um "cardin" e para o que serve e não consegui reter informação de espécie alguma.
Hoje dei por mim! a exaltar o Altíssimo pelos gadgets de 3ª geração e pela minha família de mecânicos dedicados.
Ia eu na minha jornada na ponte 25 de Abril, quando uma luz timidamente acende no meu painel! não sabia qual era, fui por exclusão de partes:
- Não é óleo,
-Não é travão de estacionamento
-Não é luzes...
-Fuck!!! mas é o quê???
relaxei, evoquei o meu último mantra: "doesn't giving a fuck has done wonders for me!"
Quando cheguei ao destino, saquei do meu telemóvel de gaja e mandei uma mms para a minha irmã com recado para ela/pai:
" acendeu uma luz, é o bonequinho da ponta, a seguir ao boneco do óleo"
Passado uns breves momentos:
-" é a luz do radiador, tens que pôr água no radiador".
Quando terminei as minhas aulas, aproximadamente duas horas abri o capôt, com o meu ar confiante e garrafa de água na mão e... tchanan! novo problema, nova mms:
-" Onde é que é o radiador?
Segue-se uma chamada da minha irmã, num tom que nem sei qualificar...
" -Estás a ver a bateria? do teu lado esquerdo?"
"-Sim..."
-"É à frente, um depósitozinho com tampa de metal... põe água mas não enchas até ao gargalo! vá, tchau"
Fiquei satisfeitíssima, água por ali abaixo e pronto!
Mas à vinda, mais uma vez na ponte, onde tenho vários dos meus momentos de reflexão, não pude deixar de constatar que sou mesmo BURRA, nestas coisas!
É um mundinho tão fora, mas tão fora do meu... que o meu cérebro nem sequer reage!
Bem Haja aos meus mecânicos que sem eles eu seria uma desgraçada nesta vidinha de estradas feita, e Bem Haja aos gadgets e telemóveis com fotos à maneira!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Oração da serenidade

Esta oração foi escrita pelo teólogo protestante Reinhold Niebuhr. Desde essa altura começou a ser utilizada em grupos de apoio.
Quem me conhece sabe que tenho uma relação extremamente complicada com Deus. Mesmo tendo sido educada num colégio religioso.
Quem me conhece sabe também do meu espírito impulsivo, demasiado emotivo, antecipador e impaciente.
Quando encontrei esta oração, achei a sua mensagem simplesmente genial independentemente da crença de cada um.
Deixo-a na sua versão original.

God grant me the serenity
to accept the things I cannot change;
courage to change the things I can;
and wisdom to know the difference.

Living one day at a time;
Enjoying one moment at a time;
Accepting hardships as the pathway to peace;
Taking, as He did, this sinful world
as it is, not as I would have it;
Trusting that He will make all things right
if I surrender to His Will;
That I may be reasonably happy in this life
and supremely happy with Him
Forever in the next.
Amen.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A eterna moratória psicossocial a que as mães nos vetam

As mães têm o estranho poder de nos condicionarem com um simples olhar, ou um comentário dito num tom menos espectável.

A minha pelo menos tem! e usa disso e tem resultados tão eficazes como há uns 15 anos atrás! É terrível porque embarco logo numa regressão freudiana assustadora e sinto-me muito pequenina e pecadora! depois... passados uns instantes começo a racionalizar a coisa e aqui vai disto! uma resposta tão madura e apropriada quanto é possível aos 34 anos!
É o que está a acontecer! temos um jantar marcado e quando a minha mãe viu o vestido que eu ia levar disse num tom ( que eu nem sei bem qualificar... está entre o crítico murcho e a desaprovação a desabrochar) :
"- hmmm é muito curto!"
Ao que eu pensei: Fuck!! Curto?? Curto?? não é nada! ainda refilei uns que se lixe e curto é o tamanho da genitália do padre da freguesia ( não que eu tenha alguma vez observado a coisa ou que tenha a mínima ideia de o fazer1 yac!!)
O que é certo é ficou a moer... volta e meia lá vinha tipo eco " é muito curto".
Hoje, a caminho de casa e com ideias de ainda fazer ginásio na hora de almoço, mudei a agulha:
Comprei outro vestido:
- Curto e decotado !!!
Estou ou não cada vez mais "adulta"?
De qualquer das formas, ambiciono este tipo de poder! é maléfico como eu gosto!
e vocês? e as vossas mães??